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Jovens que tiveram aula de educação financeira poupam mais, mostra estudo

Jovens que tiveram aula de educação financeira poupam mais, mostra estudo

Jovens que tiveram aulas de educação financeira têm mais interesse em poupar e, quando possível, ampliam o percentual da renda destinado para o acúmulo da reserva. Esta é a conclusão de estudo que será divulgado nesta segunda-feira, em São Paulo, pelo Banco Mundial (BM), feito sob encomenda dos coordenadores da Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef). A partir de agosto de 2010, o Enef implementou um projeto-piloto de inclusão da educação financeira na grade curricular de 900 escolas públicas do país. As aulas, coordendas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Ministério da Educação e pela BM&FBovespa, duraram até dezembro de 2011 em cinco estados — Rio, São Paulo, Tocantins, Minas e Ceará —, além do Distrito Federal.

Só no Rio, foram 134 colégios com aulas sobre o tema, como o Waldemiro Pitta (na cidade de Cambuci) e o Professora Sonia Regina Scudesi, na capital fluminense. Para fazer a pesquisa, o Banco Mundial avaliou por três vezes os alunos de 450 das escolas contempladas com o projeto-piloto e outros de mais 450 colégios que não tiveram as aulas. Em agosto de 2010, início do projeto, 48% dos alunos diziam ter a intenção de poupar.

Ao final das aulas, em dezembro de 2011, 51% dos alunos que não tiveram as aulas disseram ter vontade de guardar algum dinheiro. Esse mesmo percentual chegou a 53% entre os jovens escolhidos para o projeto.

— Para quem não acompanha de perto este tema, o percentual de crescimento depois das aulas pode parecer pequeno, mas o volume é maior que qualquer outro lugar do continente sul-americano — disse Arianna Legovini, diretora do Banco Mundial e responsável pela coordenação da pesquisa.

Já o percentual de jovens que, de fato, poupa subiu de 58% para 59%. Já entre os alunos que não tiveram as aulas de educação financeira, o volume de poupadores caiu de 57%, em 2010, para 55% no último mês de 2011.

— Em um país no qual a poupança é equivalente a 18% do PIB (Produto Interno Bruto), se 1% a mais da população poupasse, o incremento seria muito, muito grande — frisou a especialista.

O conteúdo de educação financeira foi dado em meio às aulas de matemática, história, ciências sociais e também português. Temas como poupar para comprar ao invés de parcelar, o juro dos financiamentos, a importância de tomar nota dos gastos e ganhos são alguns dos abordados na disciplina.

A influência dos pais também pesou na decerto dos filhos. Durante o período de implementação do projeto-piloto, também foi feito um workshop com alguns pais sobre educação financeira. A intenção de poupar de pais que assistiram à palestra subiu 4 pontos percentuais — contra 1 ponto percentual da média de todos os que tiveram as aulas de educação financeira.

— Essa ideia de parceria entre o setor financeiro e o de educação é uma experiência única e que deve ser expandida. Mudar as escolhas dos jovens é muito interessante. É de fato uma mudança de geração, uma mudança de cultura muito relevante — reforçou.

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