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Dicas de português para você não pagar mico

Dicas de português para você não pagar mico

 

O Português é uma língua românica (latina, original de Roma) originada do galego-português falado no Reino da Galiza e no Norte de Portugal. É uma das línguas oficiais da União Europeia, do MERCOSUL, da União de Nações Sul-Americanas, da Organização dos Estados Americanos, da União Africana e dos Países Lusófonos. Com cerca de 272,9 milhões de falantes, o Português é a quinta língua mais falada no mundo, a terceira mais falada no hemisfério ocidental e a mais falada no Hemisfério Sul do planeta.

 

Brasil e Portugal são os dois únicos países cuja língua principal é o Português. Entretanto, o idioma é também largamente utilizado como língua franca nas antigas colônias portuguesas de Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe, todas na África. Além disso, falantes do Português são encontrados também em Macau, no Timor-Leste e em Goa.

 

 

 

O Português é conhecido como “a língua de Camões”, em homenagem ao poeta lusitano Luís Vaz de Camões (ilustração), autor do épico Os Lusíadas.

 

 

 

 

 

 

É também referida como “a última flor do Lácio”, expressão usada no soneto Língua Portuguesa, do poeta brasileiro Olavo Bilac (ilustração). Na ilustração que abre este artigo, veem-se as bandeiras dos 8 países nos quais o Português é falado.

 

 

 

 

 

Para ajudar você a não passar vergonha, aqui estão algumas dicas fáceis e rápidas, para falar e escrever corretamente o nosso belo (e difícil) idioma. Convém memorizar.

 

 

Nunca diga:

– Menas: (o correto é sempre “menos”, que não tem feminino).

– Iorgute: o certo é “iogurte”.

– Mortandela: o certo é “mortadela”.

– Mendingo: corrija para “mendigo”.

– Trabisseiro: o correto é “travesseiro”.

– Trezentas gramas: o substantivo “grama” é masculino. Portanto, diga “trezentos” gramas.

– Ele (ou ela) é “de maior” ou “de menor”: diga apenas “Ele (ou ela) é maior de idade” ou “menor de idade”.

– Cardaço: corrija para “cadarço”.

– Asterístico: o certo é “asterisco”.

– Estou “meia” cansada: o correto é “meio” cansada.

– Pode ser que “seje”: o certo é sempre “Pode ser que “seja”.

 

 

Não se usa a crase antes de palavras masculinas. Portanto:

– Vendas “a prazo”: e não “à prazo”

– Comida “a quilo”: e não “à quilo”.

– Andei “a cavalo”: e não “à cavalo”.

– Dei o dinheiro “a ele’: e não “à ele”.

 

 

 

 

 

O acento grave e as horas:

– Ele saiu “às” 10 horas

– Estarei no escritório das 8 “às” 12.

– O filme está programado para “as” 2 horas da tarde.

– A reunião será das 2 “às” 4 da tarde.

– Ela está aqui desde “as” 16 horas.

– Após “as” 8 horas, as portas serão fechadas.

– Ele ficará aqui até “as” 19 horas.

– A próxima reunião será “à” 1 hora da tarde.

 

 

Nunca diga:

– Vamos “se ver” amanhã? : o correto é Vamos “nos” ver amanhã? Da mesma forma, você não deve dizer: Eu “se” cuido, mas sim: Eu “me” cuido.

 

“Mas” e “Mais”:

– “Mas”: conjunção coordenativa adversativa. É o mesmo que “porém”.

– “Mais”: advérbio de intensidade. É o oposto de “menos”.

Exemplos: 1 – Esforcei-me bastante, “mas” não consegui o resultado necessário. 2 – Ela escolheu o sapato “mais” caro da loja.

 

 

“Onde” e “Aonde”:

– “Onde”: é usado com verbos que expressam ideia de estado ou permanência. Exemplos: “Onde” mesmo você mora? “Onde” seu marido trabalha?

– “Aonde”: é usado com verbos que expressam ideia de movimento. Exemplos: ”Aonde” você vai, com tanta pressa? “Aonde” ele quer chegar?

 

 

 

Quais são os plurais corretos?

– “Chapéus” ou “chapeis”?

– “Degrais” ou “degraus”?

– “Cidadãos” ou “cidadões”?

– “Limãos” ou “limões”?

RESPOSTAS: chapéus – degraus – cidadãos – limões.

 

 

 

O verbo colorir
– “Eu coloro”: está errado, o verbo colorir é defectivo, não possui a primeira pessoa do singular do presente do indicativo. Verbos defectivos são os que possuem conjugação incompleta, ou seja, não se conjugam em todos os modos, tempos e pessoas. Exemplos: adequar, abolir, banir, doer, explodir, demolir etc.

 

 

 

A cedilha:

– “Cedilha”: é aquele “rabinho” que a gente coloca embaixo da letra “c”. ATENÇÃO: Não se usa cedilha antes da vogal “i” nem “e”.

 

 

 

 

 

 

“Comeram” e “comerão”:

– “Comeram” é passado: “As crianças comeram muito ontem.”

– “Comerão” é futuro; “Amanhã, elas comerão peixe.”

 

 

“Viagem” ou “Viajem”?
– “Viagem”: é substantivo: “Desejo que você faça uma boa viagem.”

– “Viajem”: é verbo. “Quero que vocês viajem em paz.”

 

 

 

“Mau” e “mal”:

– “Mau” é um adjetivo: “Menino mau.” É o oposto de “bom”.

– “Mal” é um advérbio de modo ou substantivo, dependendo do caso: Ele cantou muito mal (advérbio). O bem sempre vence o mal (substantivo). É o oposto de “bem”.

 

 

 

“Sessão”, “seção” e “cessão”:

– Sessão: espaço de tempo durante o qual acontece uma reunião, realiza-se um trabalho ou dura um filme no cinema. Exemplo: O problema é que os horários das “sessões” sempre interferem com o meu horário de almoço.

– Seção: divisão, corte, parte de um todo, departamento, compartimento. Exemplos: A senhora deve dirigir-se à “seção” de trocas de mercadorias. Gosto de ler a “seção” de classificados do jornal.

– Cessão: ato de desistir, renunciar, abrir mão, conformar-se, ceder. Exemplo: Neste caso, é preciso haver a “cessão” dos direitos autorais.

 

 

Pleonasmo (tautologia ou redundância):

Pleonasmo é uma figura de linguagem. O pleonasmo é uma redundância (proposital ou não) numa expressão, enfatizando-a.

 

 

 

Pleonasmo literário

Também denominado “pleonasmo de reforço, estilístico ou semântico”. Trata-se do uso do pleonasmo como figura de linguagem, para enfatizar algo num texto. Grandes autores usam muito este recurso. Nos seus textos, os pleonasmos não são considerados vícios de linguagem, mas sim pleonasmos literários.

 

Exemplos:

“Morrerás morte vil na mão de um forte.”
(Gonçalves Dias)

“Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal”
(Fernando Pessoa)

“E rir meu riso”
(Vinícius de Moraes)

 

Pleonasmo vicioso

É a repetição inútil e desnecessária de um termo ou ideia na frase. O pleonasmo vicioso não é uma figura de linguagem, mas sim um vício de linguagem que deve ser evitado.

 

Alguns exemplos:


– “Surpresa inesperada”: Toda surpresa é inesperada. Se for esperada, deixa de ser surpresa.
– “Escolha opcional”: Se é uma escolha, é evidente que é opcional.
– “Planejar antecipadamente”: qualquer planejamento só pode ser feito antecipadamente. Planejar posteriormente é um disparate.
– “Possivelmente poderá ocorrer”: são duas expressões que passam a mesma ideia de incerteza. Portanto, é desnecessário.
– “Compareceu pessoalmente”: você consegue comparecer a algum evento sem ser pessoalmente? Claro que não. Portanto, é um pleonasmo vicioso.
– “Gritar bem alto”: ninguém consegue gritar sussurando, não é mesmo?
– “É uma propriedade característica”: se é uma propriedade, é evidente que é uma característica.
– “Na minha opinião pessoal”: poderia ser “na minha opinião de outra pessoa”? Logo…
– “Elo de ligação”: não existe elo que não seja de ligação.
– “Prefeitura municipal”: não existe prefeitura estadual nem federal. Toda prefeitura é municipal.
– “Acabamento final”: qualquer acabamento é final.

 

Para finalizar, um pequeno exercício. Identifique e corrija os erros nas palavras a seguir. Todas elas contêm erros. Não olhe logo as soluções que estão em seguida, primeiro tente acertar:
Bandeija – cabelereiro – calvice – carangueijo – cincoenta – compania – descarrilhar – desinteria – impecilho – infarte – meretíssimo – ovos estalados – previlégio – prazeirosamente – seríssimo – tiróide.

 

As formas corretas são:

Bandeja – cabeleireiro – calvície – caranguejo – cinquenta – companhia – descarrilar – disenteria – empecilho – infarto – meritíssimo – ovos estrelados – privilégio – prazerosamente – seriíssimo – tireoide.

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